sábado, 26 de novembro de 2011

Bullying

Bullying é um termo do inglês ainda sem tradução para o português e que significa o comportamento agressivo entre estudantes. São atos de agressão física, verbal ou moral que ocorre de modo repetitivo, sem motivação evidente e executada por um ou vários estudantes contra outro, em uma relação desigual de poder, normalmente dentro da escola, ocorrendo principalmente na sala de aula e no recreio escolar.
O bullying está relacionado com comportamento agressivo e hostil de alunos que se julgam superiores aos outros colegas, acreditam na impunidade de seus atos dentro da escola e muitas vezes são pertencentes a famílias desestruturadas, convivendo com pais opressores, agressivos e violentos.

Os alvos de bullying normalmente são jovens tímidos, quietos, inseguros, pouco habilidosos socialmente, possuem poucas amizades, são facilmente intimidados e incapazes de reagir aos atos de agressividade. Em geral são fisicamente fracos e menores que os agressores, mais jovens e desta forma apresentam dificuldade em se defender. Alunos novos na escola, vindos de outras localidades e de diferentes religiões são comumente vítimas de bullying.
Atualmente, as facilidades com que jovens se comunicam pela rede mundial de computadores tem provocado um novo fenômeno: o cyberbullying. Através de salas de bate-papo virtual, e-mails e páginas da internet, textos, imagens e até vídeos das vítimas são expostos. As comunidades do tipo “orkut”, por exemplo, têm servido de ferramentas para tais atos, onde novas comunidades são criadas com o objetivo de agredir, difamar, ofender e humilhar suas vítimas.
Crianças e jovens vítimas de bullying experimentam grande sofrimento que pode interferir intensamente em seu desenvolvimento social, emocional e em sua performance escolar. As principais conseqüências às vítimas são: baixa auto-estima, queda do rendimento escolar, resistência ou recusa a ir à escola, troca freqüente de colégio e abandono dos estudos. Episódios depressivos e quadros de fobia escolar podem ser desencadeados como resultado das agressões vividas, e muitas vezes podem acontecer tentativas de suicídio.
Os autores de bullying desejam controlar e dominar os outros estudantes e com freqüência foram ou são vítimas de abusos físicos de seus pais ou familiares. Muitas vezes estão envolvidos com atos delinquenciais, apresentam sintomas de conduta e podem fazer uso abusivo de álcool e drogas. Na idade adulta podem se tornar pais agressivos, violentos e virem a repetir tais comportamentos com os filhos ou com colegas de trabalho.

Bullying na escola
• Apelidar
• Ameaçar
• Agredir
• Hostilizar
• Ofender
• Humilhar
• Discriminar
• Excluir
• Isolar
• Intimidar
• Perseguir
• Assediar
• Furtar
• Quebrar objetos pessoais


O que fazer?

Normalmente, a identificação precoce do bullying nas escolas e o trabalho de informação e conscientização entre professores, pais e alunos são suficientes no manejo do problema. Entretanto, quadros de graves de bullying podem estar diretamente ligados a transtornos comportamentais graves, como transtornos disruptivos (transtorno desafiador opositivo, transtorno de conduta), transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno bipolar do humor, depressão infantil e fobia escolar. Nesses casos a avaliação neuropsiquiátrica é indicada e essas condições podem ser identificadas e tratadas. A identificação precoce do comportamento bullying nas escolas possibilita uma intervenção terapêutica a fim de se evitar prejuízos acadêmicos e no relacionamento social dos alunos envolvidos.



Programas anti-bullying podem ser criados nas escolas com o objetivo de oferecer orientação aos pais, professores e alunos, ajudando no desenvolvimento de estratégias para lidar com o problema e promovendo a criação de medidas de controle do comportamento.
As ações anti-bullying visam tornar o ambiente escolar um local saudável, seguro e acolhedor para crianças e adolescentes, favorecendo a promoção da aprendizagem e estimulando uma cultura pacifista.

Dicas aos professores

• Estimule a informação e conhecimento deste comportamento a pais e alunos por meio de palestras, reuniões e textos explicativos.
• Promova debates em sala de aula, estimulando o respeito mútuo entre alunos.
• Crie comitês anti-bullying formado por pais, alunos e professores.
• Não tolere a prática de bullying.
• Estimule denúncias do comportamento.
• Investigue e identifique casos de bullying.
• Saiba que não apenas os alvos, mas todos os alunos são vítimas desse comportamento.
• Forneça auxílio pedagógico e psicológico aos autores e alvos de bullying.
• Encaminhe os casos mais graves para avaliação médica com um psiquiatra da infância e adolescência.

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