segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Depressão: como identificar e lidar

O QUE É

A depressão é uma doença. Diferente da tristeza ou melancolia, sentimentos que, em geral, são decorrentes de um estímulo externo (notícia, fato ocorrido) ou interno (lembrança do passado) e são de curta duração, a depressão faz parte dos transtornos do humor, também conhecidos como doenças afetivas. No Brasil, de 15 a 25% das pessoas apresentam ou apresentaram pelo menos um episódio depressivo ao longo da vida. Isso significa que aproximadamente 30 milhões de pessoas podem ter uma crise depressiva pelo menos uma vez na vida, mas são poucas as que buscam tratamento adequado, principalmente por falta de informação.

A QUEM ATINGE?

Pessoas de ambos os sexos podem apresentar depressão. As mulheres são mais vulneráveis, na proporção de duas para cada homem. A faixa etária em que comumente aparecem os sintomas da depressão é a do adulto, na faixa de 25 a 30 anos. Porém, crianças e adolescentes, assim como os idosos, também podem ser acometidos.

CAUSAS

Não existem causas bem definidas da depressão. Acredita-se que as crises acontecem devido a soma de múltiplos fatores, que podem variar de pessoa para pessoa, de acordo com uma tendência maior ou menor para a doença, provavelmente definida por características herdadas geneticamente. Ou seja, pessoas com forte tendência hereditária para depressão podem ter uma crise após uma situação estressante (ficar desempregado, por exemplo. Várias pessoas podem ficar desempregadas, mas apenas as que têm maior tendência para depressão acabam deprimidas).

SINTOMAS


A depressão pode se manifestar de várias maneiras. Os sintomas e sinais podem variar muito de pessoa para pessoa, mas algumas características são observadas com maior freqüência. As principais são:
• Tristeza e/ou irritabilidade persistente, durante a maior parte do dia, durante muitos dias, inquietação, retraimento social.
• Desânimo, cansaço, indisposição.
• Perda de parte da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer, incluindo o desejo e prazer sexual.
• Ansiedade, preocupação, insegurança, indecisão.
• Sentimentos de desesperança, pessimismo.
• Sentimentos de culpa, inutilidade, incapacidade, desamparo, solidão.
• Alteração no sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado.
• Alteração do apetite: excesso ou falta e conseqüente ganho ou perda de peso.
• Idéias de morte ou suicídio.
• Dificuldade de concentração, de lembrar o que ia falar ou fazer, esquecer onde deixou as coisas.
• Sintomas físicos persistentes, que têm pouca melhora nos tratamentos habituais, como dor de estômago, dores crônicas (cabeça, costas, articulações), alterações intestinais sem causa orgânica definida.
• Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda de energia, preocupação excessiva com os problemas.

PREVENÇÃO

Pode-se prevenir a depressão mantendo-se a qualidade de vida, aprendendo a conviver com o estresse e os conflitos cotidianos, sabendo lidar com as adversidades, não sucumbindo diante dessas situações. É necessário evitar o isolamento, procurando relações de parceria e cumplicidade, para compartilhar os sentimentos.

TRATAMENTO


Como todo problema de saúde, o tratamento da depressão deve começar pela avaliação médica. Pela consulta médica e exames associados é possível verificar a existência de outras doenças orgânicas que podem se confundir com depressão ou piorar o quadro depressivo. Uma avaliação mental e psicológica deve ser feita pelo médico psiquiatra e por especialistas que atuam na área do comportamento e da Psicologia. O tratamento será direcionado pelo resultado da avaliação. A depressão não tem cura, nem por medicação ou terapia, e podem ser necessárias intervenções que vão desde o uso de medicação antidepressiva até psicoterapias individuais, de grupo ou familiares. A pessoa deve procurar tratamento médico ou terapêutico, ou ambos, para aprender a lidar com a doença.


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